domingo, 5 de janeiro de 2020

Estudos Urbanos


Processos Curatoriais...

Novas percepções... Nova coleção de imagens 

Recolha 
Seguindo o mesmo ritmo e cautela de quem caminha a reconhecer um terreno, as imagens foram recolhidas durante meus primeiros 40 dias em Portugal, mais precisamente, nas Caldas da Rainha. 
A recolha das imagens (garimpadas de jornais locais) que compõe o atlas, vai de encontro as descobertas dos meus primeiros passos, fundida as imagens que trouxe comigo do meu entendimento do mundo. Foi através deste entendimento de mundo que meus olhos reconheceram cada escolha. Afinal só se reconhece aquilo que de alguma forma, se conhece. 
Foram recolhidas neste período um total de 36 imagens. 

Seleção 
A seleção partiu da necessidade de organizar os pensamentos. O que ficava do meu antigo mundo? Quais as minhas preocupações? O que reconheço e o que reverbero hoje, em quem se aproxima?  
Preocupações cotidianas... o que é novo? O que eu levo para minha cabeceira ao final de cada dia vivido? A partir daí surge a ideia da mesa de cabeceira... Quando o dia finda, quais imagens/pensamentos perambulam meu universo mais íntimo? A partir destas perguntas, um número considerável de imagens/preocupações, foram descartadas... e outras surgiram... 
O Suporte então surgiu no meio do processo e foi totalmente determinante em toda a etapa que segue... 

Montagem 
Mas ainda existia uma necessidade: Ordenar as gavetas (ou não). 
Como meus pensamentos que se lançam sem qualquer cuidado, joguei todas as imagens sobre a cama. E como em muitas das minhas tentativas de meditaçãoiniciei caminhos em que percorria organizando as imagens... mas ainda existia caos... o caos ainda era uma hipótese de leitura totalmente possível... 
Existiam listas que faziam com que um pensamento seguisse até um novo lugar e atravessasse as gavetas da memória... e outros pensamentos que só surgiam como necessidades básicas em gavetas que já estavam fechadas.