Quanto tempo hein!
Bem pessoal... Demorei em voltar a escrever
porque, pra ser sincera, tenho muita dificuldade em criar uma rotina. Até escrevi
alguma coisa na minha agenda, algumas ideias de postagens, mas acabei
esquecendo e agora ficaria muito estranho escrever, por exemplo, sobre minhas
promessas de ano novo, né? Hehehe!
Mas alguns acontecimentos me incentivaram a
escrever para vocês e é sobre eles que escreverei.
Semana passada, recebi a notícia de que o Festival
Psicodália 2012/2013 terá novamente uma edição de ano novo e que em agosto já
começam a serem vendidos os ingressos do primeiro lote. Isso me motivou a
escrever um pouco sobre esta experiência psicodélica da minha vida.
Gente bonita, alegre e cheia de amor para
compartilhar...
É assim que se acumulam vibrações para um
ano inteirinho...
Existem situações na vida da gente que
transformam nossa forma de ver o mundo e há três anos vivi uma transformação
dessas, quando resolvemos, meu marido e eu, virar o ano em um festival para
vermos o show de “Os Mutantes”.
Dois meses antes do evento eu fui
internada, com a ameaça de um nascimento prematura de nossa baixinha, a Cléo e
ficamos receosos. O Fábio até cogitou a ideia de vendermos nossos ingressos,
porém, como o festival seria na nossa cidade e soubemos que haveria suporte
médico, resolvemos arriscar e ficar os cinco dias acampados para que eu pudesse
descansar na barraca sempre que sentisse necessidade.
Foram dias mágicos, nos quais acordávamos
ouvindo Pink Floyd e íamos dormir ao som de Bandas nacionais do mais alto
calibre. Conhecemos pessoas maravilhosas que, assim como nós, ainda acreditam
na raça humana, que se abraçam sem se conhecer, que se ajudam e compartilham o
amor e a alegria.
Assisti ao show de “Os Mutantes” de cara
com Sérgio Dias, enquanto pessoas que eu não sabia sequer o nome formavam um
cordão de isolamento para que a alegria e a euforia dos demais não causasse
nenhum problema para a Cléo. Amei aquelas pessoas e ainda os amo por terem sido
tão solidários comigo e com minha neném enquanto juntos, nos emocionávamos
assistindo ao show de uma banda que fez a história do Rock n’Roll no Brasil.
Desde esta experiência, na virada de 2009
para 2010, não perdemos mais a oportunidade de estar e viver no Psicodália.
Neste último ano, nossa companhia de teatro, a Nós em Cena esteve presente no
festival com 3 dias de oficina e com o espetáculo “Lúcia”. E desta forma, já me
sinto parte desta Família Psicodaliana!
Nossa sede
Desde o começo do ano estávamos tentando
organizar a nova sede da Cia, mas só agora é que posso dizer que está mais com
nossa cara. Não vou mentir. Não foi tarefa fácil! Muito figurino precisou ser
doado e muita coisa reciclada, buscando liberar espaço para que as ideias fluam
sem que tropecem em algum objeto de cenário ou se embolem em algum figurino.
Até já está sendo possível tomar um
chazinho sem que a xícara se perca no meio da bagunça. Hehehe!
Théâtre du Soleil
Neste fim de semana, o Fábio, meu marido,
foi fazer um curso com a Fabiana Melo e Souza em São Bento do Sul. O curso foi
oferecido pelo Sesc, que tem nos trazido ótimas oportunidades.
O Fábio gostou muito do curso e uma das
coisas que ele falou, me fez pesquisar um pouco mais. A Fabiana fez parte, por
um período considerável, do Théâtre du Soleil, na França e falou um pouco sobre
a história deste grupo e seu modo de funcionamento.
Apaixonei-me! Sempre sonhei com uma
comunidade assim, mas vivendo nesta nossa sociedade individualista, não
acreditava ser mais que utopia.
Segundo minhas pesquisas, a produção dos
trabalhos é coletiva e todos tem, dentro do grupo o mesmo salário. O teatro funciona
dentro da antiga Cartucharie desde 1964 e sua fundadora, uma senhora de uma
força invejável, Ariane Mnouchkine é quem dirige este grande grupo de teatro
ainda hoje.
A ideia de um lugar, longe da cidade, no
meio da natureza, com espaços para ensaio, oficina, atelier, alojamento,
refeitório, creche, etc... é simplesmente meu maior sonho. E um lugar onde estejam
alojados mais de um grupo de teatro, além de outras linguagens artísticas.
Um lugar onde a Arte tenha espaço e
condições para nascer e crescer...
Isto é fantástico!
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