quarta-feira, 20 de junho de 2012


Quanto tempo hein!

Bem pessoal... Demorei em voltar a escrever porque, pra ser sincera, tenho muita dificuldade em criar uma rotina. Até escrevi alguma coisa na minha agenda, algumas ideias de postagens, mas acabei esquecendo e agora ficaria muito estranho escrever, por exemplo, sobre minhas promessas de ano novo, né? Hehehe!
Mas alguns acontecimentos me incentivaram a escrever para vocês e é sobre eles que escreverei.

Semana passada, recebi a notícia de que o Festival Psicodália 2012/2013 terá novamente uma edição de ano novo e que em agosto já começam a serem vendidos os ingressos do primeiro lote. Isso me motivou a escrever um pouco sobre esta experiência psicodélica da minha vida.

Gente bonita, alegre e cheia de amor para compartilhar...
É assim que se acumulam vibrações para um ano inteirinho...
Existem situações na vida da gente que transformam nossa forma de ver o mundo e há três anos vivi uma transformação dessas, quando resolvemos, meu marido e eu, virar o ano em um festival para vermos o show de “Os Mutantes”.
Dois meses antes do evento eu fui internada, com a ameaça de um nascimento prematura de nossa baixinha, a Cléo e ficamos receosos. O Fábio até cogitou a ideia de vendermos nossos ingressos, porém, como o festival seria na nossa cidade e soubemos que haveria suporte médico, resolvemos arriscar e ficar os cinco dias acampados para que eu pudesse descansar na barraca sempre que sentisse necessidade.
Foram dias mágicos, nos quais acordávamos ouvindo Pink Floyd e íamos dormir ao som de Bandas nacionais do mais alto calibre. Conhecemos pessoas maravilhosas que, assim como nós, ainda acreditam na raça humana, que se abraçam sem se conhecer, que se ajudam e compartilham o amor e a alegria.
Assisti ao show de “Os Mutantes” de cara com Sérgio Dias, enquanto pessoas que eu não sabia sequer o nome formavam um cordão de isolamento para que a alegria e a euforia dos demais não causasse nenhum problema para a Cléo. Amei aquelas pessoas e ainda os amo por terem sido tão solidários comigo e com minha neném enquanto juntos, nos emocionávamos assistindo ao show de uma banda que fez a história do Rock n’Roll no Brasil.
Desde esta experiência, na virada de 2009 para 2010, não perdemos mais a oportunidade de estar e viver no Psicodália. Neste último ano, nossa companhia de teatro, a Nós em Cena esteve presente no festival com 3 dias de oficina e com o espetáculo “Lúcia”. E desta forma, já me sinto parte desta Família Psicodaliana!


Nossa sede

Desde o começo do ano estávamos tentando organizar a nova sede da Cia, mas só agora é que posso dizer que está mais com nossa cara. Não vou mentir. Não foi tarefa fácil! Muito figurino precisou ser doado e muita coisa reciclada, buscando liberar espaço para que as ideias fluam sem que tropecem em algum objeto de cenário ou se embolem em algum figurino.
Até já está sendo possível tomar um chazinho sem que a xícara se perca no meio da bagunça. Hehehe!


Théâtre du Soleil

Neste fim de semana, o Fábio, meu marido, foi fazer um curso com a Fabiana Melo e Souza em São Bento do Sul. O curso foi oferecido pelo Sesc, que tem nos trazido ótimas oportunidades.
O Fábio gostou muito do curso e uma das coisas que ele falou, me fez pesquisar um pouco mais. A Fabiana fez parte, por um período considerável, do Théâtre du Soleil, na França e falou um pouco sobre a história deste grupo e seu modo de funcionamento.
Apaixonei-me! Sempre sonhei com uma comunidade assim, mas vivendo nesta nossa sociedade individualista, não acreditava ser mais que utopia.
Segundo minhas pesquisas, a produção dos trabalhos é coletiva e todos tem, dentro do grupo o mesmo salário. O teatro funciona dentro da antiga Cartucharie desde 1964 e sua fundadora, uma senhora de uma força invejável, Ariane Mnouchkine é quem dirige este grande grupo de teatro ainda hoje.
A ideia de um lugar, longe da cidade, no meio da natureza, com espaços para ensaio, oficina, atelier, alojamento, refeitório, creche, etc... é simplesmente meu maior sonho. E um lugar onde estejam alojados mais de um grupo de teatro, além de outras linguagens artísticas.
Um lugar onde a Arte tenha espaço e condições para nascer e crescer...
Isto é fantástico!

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