segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Oito meses...


Para quem não sabe, este está sendo um ano de grandes mudanças para o Fábio e eu. Em janeiro deste ano tomamos uma difícil decisão que interferiu em muitos aspectos da nossa vida.
Mesmo tendo a empresa e circulando com um trabalho ano passado, não conseguíamos ver forma de progredir na nossa área tendo que dividir nosso tempo entre e Cia e as aulas em escolas. Para piorar, estávamos há muito tempo estressados e descontentes com a situação atual da educação, ou melhor, do sistema educacional no país e vivíamos esperando uma chance de cair fora.
Mas para mudar é preciso muita força de vontade e desprendimento e estas qualidades só nascem quando se está no limite. Este limite chegou pra mim no ano passado, muito embora eu saiba que pelo Fábio a Gente já teria tomado esta decisão muito antes.

Pedimos demissão de nossos empregos "seguros" e iniciamos nossa nova jornada. Nesta mesma época nosso compadre, amigo e colega de trabalho que também dividia o tempo dele entre o teatro e o Jornalismo acabou resolvendo fazer o mesmo e assim não éramos mais só nós dois em cena. Queríamos colocar em prática uma pesquisa e aproveitamos as férias das crianças em janeiro para fazer uma viagem de mais de um mês pelo litoral de Santa Catarina. Foi uma experiência incrível e independente dos contratempos e do ponto de vista financeiro, precisávamos disso.   

  Desde então, passamos um início de ano complicadíssimo e em maio a coisa começou a melhorar,uns bons contratos e outros nem tanto e fizemos diversas apresentações de "Patacoada", o trabalho de pesquisa que estreamos em janeiro.

Paralelo as transformações obtidas em nossa vida profissional, tomamos outra medida pra tornar nossa logística familiar mais tranquila: Saímos de nossa casa localizada em um bairro e deixamos a mesma alugada para vir morar no Centro, perto da Cia. Assim evitamos de usar o carro todos os dias e facilitamos as coisas para as crianças, que passam mais tempo conosco, abrindo mão de ter um gasto a mais com babá em casa.

Meu filhote arrasando no show de talentos da nova escola.
Para segurar as pontas foi necessário mudar as crianças de escola e optar pelo ensino público, o que no princípio me deixou super aflita. Hoje estou menos paranoica com isso e vejo que foi uma decisão coerente, afinal não tinha cabimento para um casal que vive com estabilidade alguma manter três filhos em escola particular e precisar passar o final do ano pintando painéis em todas as salas da escola a preço de banana pra conseguir pagar o material pedagógico (Acreditem! Fizemos isso estando eu grávida de oito meses e tomando remédio para segurar a bebê). Além do mais o ensino particular tem tantos problemas quanto o público e eu os conheço muito bem.

Bem... E agora, como estamos?
Estamos trabalhamos bastante e passamos muito tempo com nossa casa cheia de amigos rindo, bebendo vinho, jogando vídeo game e assistindo a filmes. A porta da  casa é trancada sempre depois da meia noite e frequentemente temos hóspedes. As crianças continuam a fazer muito barulho, a nossa "aborrecente"  está cada dia mais independente e nossos amigos tem nos ajudado imensamente quando viajamos, cuidando da casa e das pequenas bichanas(isso quando não ficam com as crianças também).
Estamos felizes e sem arrependimento pelas escolhas feitas, muito embora ainda estejamos recebendo a ajuda dos meus pais e ainda seja cedo para dizer que não precisamos dessa ajuda.
Estamos cheios de projetos e sem nada que nos prenda. Descobrimos juntos uma porção de possibilidades e prosseguimos de peito aberto e sentidos aguçados a espreita de novas conquistas.


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